Infozônio
O ozônio ou ozono, conhecido como trioxigênio ou trioxigénio segundo a nomenclatura da IUPAC, é um alótropo triatômico do oxigênio muito menos estável que o diatômico O₂. É uma molécula composta por três átomos de oxigênio. Remove: bactérias,ácaros, vírus, odores, mofo e afasta insetos
terça-feira, 12 de setembro de 2023
terça-feira, 5 de setembro de 2023
O ozônio e a legislação na área de alimentos
O ozônio e a legislação na área de alimentos, para a ANVISA e o MAPA, apesar de ainda não regulamentado, o uso do ozônio (O3) não é proibido, bem como outras atmosferas modificadas (O2, N2, CO2), e permite uma maior preservação das características originais dos produtos embalados aumentado a validade dos produtos.
No reconhecimento da qualidade e segurança de seu uso, o ozônio já tem regulamentação pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), através dos decretos 3179/99, 410/2002 ou 430/2011.
A ANVISA dispensa a publicação de RDC para uso de ozônio em alimentos.
Ozônio e a legislação nos EUA
O ozônio e a legislação na área de alimentos nos Estados Unidos recebeu aprovação GRAS pelo FDA e pelo USDA para contato direto com ambientes, equipamentos e produtos alimentares.
- USDA regra final do ozônio 17/12/2002, FSIS Diretiva 7120.1
- FDA Registro Federal Vol. 66 N°. 123
- Codex 4a.ed (1996), p277
Não existem níveis máximos de ozônio em aplicações em alimentos nos EUA, pois o ozônio não deixa residual no alimento.
Leia também: Ozônio na Indústria de alimentos
Ozônio e a legislação no Brasil
Resposta da ANVISA quando interrogada sobre a necessidade de autorização da ANVISA para uso do Ozônio na indústria alimentícia:
Prezado Senhor,
Sobre o uso de ozônio para tratamento antimicrobiano (redução da carga microbiológica) em alimentos. Assim, informamos que:
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, o equipamento para aplicação de ozônio em alimentos não necessita receber “Autorização de Uso” e não há restrições quanto à sua instalação nos estabelecimentos que estão sob a égide do Serviço de Inspeção Federal.
Conforme a Gerência de Tecnologias e Produtos para Saúde/ANVISA, os aparelhos purificadores de ar não necessitam de qualquer autorização desta Agência para a sua fabricação, importação, exposição à venda ou entrega ao consumo.
De acordo com o Instituto Adolfo Lutz, não há metodologia analítica conhecida para detecção e quantificação de ozônio residual em alimentos, e que este gás está presente na atmosfera, não sendo residual, pois é instável e dissipa-se por si próprio.
Diante do exposto, informamos que não se faz necessário publicar uma Resolução RDC ANVISA para autorizar o uso do equipamento em questão, o qual produz ozônio para manipulação de alimentos.
Brasília, 09 de Fevereiro de 2009
Equipe Técnica
Como o ozônio é produzido?
O ozônio é uma substância caracterizada pelo arranjo molecular triatômico do oxigênio, “O3”. O ozônio é instável. A síntese do ozônio se dá pela exposição do arranjo mais comum do oxigênio, oxigênio diatômico (dois átomos de oxigênio combinados), “O2”. Esta molécula quando exposta a uma alta quantidade de energia, rompe suas ligações moleculares, separando-os na molécula de oxigênio. O átomo livre se une a uma molécula de oxigênio sintetizando o ozônio. Sintetizar é formar uma substância a partir de outra estrutura molecular. O “ozônio é obtido por síntese”.
O ozônio é produzido através da exposição do oxigênio em uma enorme quantidade de energia que pode ser por descarga elétrica ou radiação ultravioleta.
O oxigênio é um gás alótropo, em química, isso significa que o oxigênio é um dos elementos químicos que conseguem formar substâncias diferentes agregando-se unicamente em quantidades de átomos diferentes. Ele tem têm três principais formas conhecidas: o átomo ou oxigênio livre (O), a “molécula de oxigênio” composta pela combinação de dois átomos (O2), e a molécula obtida por combinação de três átomos de oxigênio formando o ozônio (O3).
Também chamamos de “ozônio” as substâncias combinadas de quatro, cinco, seis, sete e até oito átomos de oxigênio (O4, O5, O6, O7, O8). Estas outras moléculas de ozônio quando combinadas são mais raras e muito mais eficientes quando falamos em poder oxidação, pois uma única molécula octatômica (O8) consegue oxidar seis vezes até voltar em seu estado natural biatômico (O2).
Com o ozônio produzido pelo homem?
O método mais comum para a síntese de ozônio é reproduzir o que já ocorre na natureza. O insumo é o oxigênio e o equipamento mais usado para produzir ozônio é conhecido como “gerador de ozônio” ou “ozonizador”, usado no próprio local e instante de aplicação.
A transformação ocorre quando o oxigênio passa através de um reator, conhecido como célula de geração de ozônio, onde existe a Descarga por Barreira Dielétrica ou Geração de Plasma (depende da tecnologia do gerador). Este tipo de descarga é produzido ao se aplicar uma alta tensão elétrica entre dois eletrodos paralelos, tendo entre eles um dielétrico (quartzo ou cerâmica) e um espaço livre, por onde flui o oxigênio.
Neste espaço livre é produzida uma descarga elétrica de alta voltagem em alta frequência, onde são gerados uma grande quantidade de elétrons com energia suficiente para produzir a quebra molecular do oxigênio, formando o ozônio.
A produção de ozônio está relacionada a tecnologia dos geradores utilizados. Um gerador de plasma diferencia-se por produzir ozônio com descargas elétricas com frequências bem maiores do que um gerador de ozônio convencional de corona. Quando o ozônio é formado em um gerador que utiliza plasma, são criados não só um número maior de moléculas triatômicas (O3), mas também de tetratômicas (O4), pentatômicas (O5) e assim por diante. Assim, podemos afirmar que o ozônio obtido através da tecnologia de plasma é de melhor qualidade do que o ozônio obtido através de um gerador de ozônio convencional.
quinta-feira, 31 de agosto de 2023
Lei autoriza o uso como tratamento complementar no país
Recentemente, a terapia realizada com ozônio ganhou interesse popular e midiático, surgindo como um método complementar a diversos tratamentos. No entanto, é importante destacar que o uso ainda é bastante controverso no Brasil e no mundo. Isso porque os seus possíveis benefícios ainda precisam de comprovação científica.
Há ainda o risco de provocar efeitos colaterais e problemas de saúde – principalmente se a técnica for administrada de forma inadequada e por profissionais sem experiência.
O uso da ozonioterapia é bastante antigo: há relatos de que o gás ozônio, descoberto em 1840, tenha sido usado por soldados alemães para tratar feridas durante a Primeira Guerra Mundial.
A técnica evoluiu bastante e a forma que é utilizada hoje teve início em meados da década de 1940. No Brasil, a ozonioterapia surgiu por volta de 1980, ainda de forma experimental.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica o ozônio como “um gás com forte poder oxidante e bactericida”. A Agência publicou, nesta segunda-feira (07/8/23), um Comunicado à Imprensa em que ratifica que os equipamentos que utilizam a ozonioterapia, aprovados por ela, somente possuem indicações de uso para tratamento da cárie; periodontia; endodontia; cirurgia odontológica, além da aplicação estética para auxílio à limpeza e assepsia de pele.
O comunicado informa ainda que para outras indicações médicas no Brasil não foram comprovadas evidências científicas sobre sua eficácia e segurança. Apesar disso, novos empregos da técnica poderão ser aprovados pela agência.
Como funciona a terapia por ozônio
De forma bastante simplificada, uma mistura de ozônio e oxigênio puro, chamado de ozônio medicinal, é aplicada em alguma parte do corpo para tratar uma doença específica, problemas dentários ou feridas.
O objetivo é melhorar a oxigenação dos tecidos e também fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um estresse oxidativo.
Portanto, a ozonioterapia poderia ser aplicada para melhorar a circulação, a oxigenação sanguínea e aumentar as ações anti-inflamatórias e antissépticas.
Acredita-se que quando o ozônio entra em contato com os fluidos corporais, há um aumento de proteínas, glóbulos vermelhos e o suprimento de oxigênio no corpo.
A aplicação da ozonioterapia é variada e depende do objetivo terapêutico. Entre elas, citam-se:
– Aplicação cutânea;
– Aplicação bucal;
– Aplicação retal;
– Injeção subcutânea;
– Auto-hemoterapia, ou seja, o sangue é retirado do organismo, misturado ao ozônio e depois aplicado novamente no indivíduo.
O tempo de tratamento e o número de sessões depende da condição clínica e resposta do paciente.
A Associação Brasileira de Ozonioterapia informa, em sua página na internet, precauções e contraindicações da terapia por ozônio:
“É importante saber que somente profissionais capacitados podem indicar a dosagem e a via correta de aplicação da Ozonioterapia. Além disso, o ozônio é um gás altamente instável e nocivo se inalado, necessitando ser gerado de forma precisa com equipamentos específicos, no local do uso.
A principal contraindicação é deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo, em função do risco de hemólise. ”
Controvérsias
Entidades médicas e especialistas criticaram a sanção da lei que permite o uso da ozonioterapia como tratamento de saúde complementar no Brasil.
Ozônio é um gás tóxico e corrosivo, com ação bactericida, usado como desinfetante de ambientes e purificador de água. A ozonioterapia é uma técnica que usa uma mistura de ozônio e oxigênio aplicada diretamente na pele, por exemplo.
Ainda em julho de 2023, a Academia Nacional de Medicina fez uma carta aberta ao presidente Lula pedindo que ele vetasse a lei, afirmando que não tem conhecimento de trabalho científico que comprove a eficácia da terapia com ozônio em nenhuma circunstância e que a prática é nociva e traz risco à saúde.
A Associação Médica Brasileira reiterou que faltam evidências científicas de qualidade que justifiquem uma mudança no caráter experimental desse tipo de tratamento e mantem a posição contrária à terapia com ozônio que vem manifestando há anos, desde quando a proposta ainda tramitava no Congresso.
Uma resolução de 2018 do Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe a terapia médica com ozônio e determina que o uso, ainda em caráter experimental, só pode ocorrer em estudos científicos.
Logo após a sanção da lei na segunda (7), o CFM reafirmou em nota que a terapia não tem reconhecimento científico para o tratamento de doenças e que a aplicação não está liberada.
Nesta terça-feira (8), em nova nota, o conselho disse que “com o objetivo de oferecer à sociedade informações sobre a pertinência do uso – ou não – da ozonioterapia, o CFM convocou grupo de trabalho específico para analisar possíveis evidências científicas recentes e de impacto que tragam dados sobre os graus de eficácia e de segurança desse procedimento para os pacientes”.
O Ministério da Saúde, por meio de Nota à Imprensa, também reforçou o que já diz a lei: equipamentos médicos devem ser submetidos à avaliação e aprovação da Anvisa; e que a incorporação de qualquer nova prática no SUS leva em conta critérios como evidências científicas, segurança, eficácia e efetividade na saúde pública.
Apesar da polêmica, a Lei nº 14.648/2023 foi sancionada, autorizando a realização da ozonioterapia como procedimento de caráter complementar, observadas as seguintes condições:
– a ozonioterapia somente poderá ser realizada por profissional de saúde de nível superior inscrito em seu conselho de fiscalização profissional;
– a ozonioterapia somente poderá ser aplicada por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal devidamente regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou órgão que a substitua;
– o profissional responsável pela aplicação da ozonioterapia deverá informar ao paciente que o procedimento possui caráter complementar.
Fontes:
Agência Brasil
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Associação Médica Brasileira (AMB)
Dr. Dráuzio Varella
Ministério da Saúde
Lei que autoriza ozonioterapia não permite o uso médico da técnica
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foi publicada, em edição do Diário Oficial da União do último dia 7, a sanção da lei 14.648/2023, que autoriza a ozonioterapia no território nacional. A lei tem origem no projeto de lei do Senado PLS 227/17, que foi aprovado em caráter conclusivo pela Câmara dos Deputados.
Após a sanção da referida lei pelo Presidente da República, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota elucidando suas normas que abordam a ozonioterapia. Segundo a agência, por ora não há equipamentos de produção de ozônio aprovados pelo órgão para uso no Brasil em indicações médicas.
O Conselho Federal de Medicina estabelece a ozonioterapia como um procedimento experimental e veda sua utilização sem a devida autorização dos órgãos competentes e sem o consentimento do paciente ou de seu responsável legal, devidamente informados da situação e das possíveis consequências.
A nova legislação determina o uso de equipamento gerador de ozônio medicinal devidamente regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A utilização de equipamentos irregulares ou fora da finalidade autorizada pela agência incorre em infrações sanitárias, sujeitas a penalidades previstas na Lei nº 6437/1977.
De acordo com nota técnica da Anvisa referente aos equipamentos de ozonioterapia, editada em 2022, as indicações de uso com segurança e eficácia aprovadas pelo órgão, até o momento, para aparelhos emissores de ozônio medicinal, são:
- Dentística: tratamento da cárie dental – ação antimicrobiana;
- Periodontia: prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios/infecciosos;
- Endodontia: potencialização da fase de sanificação do sistema de canais radiculares;
- Cirurgia odontológica: auxílio no processo de reparação tecidual;
- Estética: auxílio à limpeza e assepsia de pele;
Eventualmente, a agência pode aprovar novas indicações de uso da ozonioterapia. Desde que as empresas interessadas no registro dos equipamentos apresentem os estudos necessários à comprovação de sua eficácia e segurança. Tais estudos devem ser apresentados atendendo os requisitos regulatórios, conforme disposto nas resoluções da diretoria colegiada RDC 546/2021 e RDC 548/2021. A primeira norma dispõe sobre os requisitos essenciais de segurança e eficácia aplicáveis aos produtos para saúde; a outra, sobre a realização de ensaios clínicos com dispositivos médicos no Brasil.
Ainda de acordo com a nova lei, a ozonioterapia somente poderá ser conduzida por profissional de saúde de nível superior inscrito em conselho de fiscalização profissional.
O Conselho Federal de Odontologia já possui regulamento para o uso da técnica por cirurgiões dentistas. A Sociedade Brasileira de Estética e Cosmética lista a ozonioterapia dentre os procedimentos como técnica que pode ser utilizada por profissionais graduados na área e devidamente registrados como responsáveis técnicos.
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Será que a cura do Coronavírus está perto ?
O trabalho será realizada em três etapas, sendo a aspersão de gotículas de água ozonizada nas pessoas que entram e saem do Centro de Triagem; a higienização total do local com a utilização do equipamento que liberará o ozônio que irá permear em todo o espaço e, por fim, na lavagem dos equipamentos de proteção e outros aparelhos utilizados.
Mayara Cardoso - Agência de Comunicação
Gás Ozônio poderia eliminar coronavirus 99,9% de eficiência
Uma desenvolvedora de soluções tecnológicas c
ogerador de ozônio (O3) pode ter encontrado uma nova arma contra o coronavírus. Após realizar testes com o gás no laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina, a Wier, startup em questão, constatou que ele foi eficiente na eliminação de 99,9% das amostras de dois tipos de vírus em ambientes fechados e com alto fluxo de pessoas – sendo que um deles possui semelhanças com o Sars-CoV-2, causador da covid-19.